sábado, 31 de dezembro de 2011

2012- O Juízo Final

(Texto publicado na Revista Evidência TOP de DEZEMBRO de 2011- www.evidenciatop.com.br) 



O temido ano de 2012 está próximo. Coincidência ou não, marcará o final de um ciclo e começo de outro na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, afinal, será um ano de eleição, bebê!
 O ano que acaba foi polêmico, tumultuado e mesmo assim, não deixou de ser improdutivo.
Em uma época em que a sociedade civil resolveu, de fato, acompanhar com mais proximidade o que ocorria naquele recinto, tudo aconteceu.
Em uma breve retrospectiva dos fatos (apesar que lembrar de certas coisas, dá uma vergonha, né?) , o ano começou com um nobre vereador que resolveu presentear o Excelentíssimo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) -  sim leitores, aquele mesmo, metido em um bando de falcatruas – com o título de cidadão ribeirãopretano. Castigo ou não, esse mesmo vereador foi mais tarde cassado pelos colegas (por livre e espontânea pressão popular, diga-se de passagem).
Muito além de nomes de logradouros e títulos de cidadão ribeirãopretano aos que pouco ou nada fazem ou fizeram pelo município, os representantes do povo também apresentaram vários projetos para a criação de dias comemorativos, com destaque para o Dia do Colunista Social e o dia do Bebê (este último considerado inconstitucional – buáaaaa!!!). Definitivamente, projetos de primeira necessidade para uma cidade de mais de 600 mil habitantes, não é mesmo?
Outras polêmicas também envolveram um determinado instituto que recebe o nome de um teorema matemático (aquele dos catetos e da hipotenusa), algo relacionado a notas que foram colocadas no congelador (pra não dizer frias!)... bom, esse assunto aí acabou “esfriando” depois que os Lares doces lares entraram na parada...quero dizer, COHAB.
Aliás, foi um tal de Minha casa, Minha vida pra lá e pra cá que até escritório de venda de imóveis dentro de gabinete de vereador tinha, pelo menos, foi o noticiado. Depois de muita discussão e jogo político, transformou-se uma das CEE (Comissão Especial de Estudo) em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)...nossa que confusão!
Primeiro os nobres vereadores não aprovaram a criação da CPI, pois, não era interesse da situação e a situação é maioria, depois transformam a CEE em CPI... alguém entendeu? Será que foi algo do tipo, bem me quer, mal me quer? Eu hein.
Todo caso, ficamos todos mais tranqüilos, afinal, quem vai presidir a CPI vai ser o mesmo edil que, segundo jornais “da cidade”, tinha um escritório de negociação do Minha Casa, Minha Vida dentro do próprio gabinete... assim, ele deve saber o que está fazendo, não é?
Enfim, após tantas confusões, indecisões e polêmicas, senhores eleitores, 2012 com certeza será um apocalipse total para alguns, as trombetas já começaram a tocar e o chão está abrindo bem abaixo dos pés de alguns. Nos resta saber, quem é que vai pro inferno. Que venha 2012 porque...
...A farra está acabando, bebê!

Estatisticamente e Graficamente falando de mim...by Livia Agy Loureiro.


Pessoas, posto aqui essa homenagem que recebi da minha amiga de classe, de profissão e de panela Livia Agy sobre a minha relação com o Facebook...simplesmente AMEI. É um retrato da minha relação com essa rede social, estatisticamente falando! 


Obrigada Li!!!! 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mirou...acertou!


(texto publicado na revista Evidência TOP- novembro)
Por Maria Eugênia Firmino Brunello

Denúncias de propinas, tráfico (para alguns, “tráfego” mesmo! rs) de influências, caronas ilícitas e indecorosas em jatinhos de riquíssimos empresários...
Não imaginava que o primeiro ano da “chefa presidenta” no cargo fosse ser tão movimentado!
A dança das cadeiras no governo Dilma, no que diz respeito aos ministérios, deve-se essencialmente à onda de denúncias que partem da imprensa, em especial, de uma revista cujo nome é um verbo no imperativo.
Uma enxurrada de denúncias começou no primeiro semestre deste ano e não parou mais. “Denuncismo” (palavras do “pesadão” do ministério do trabalho) ou não, o fato é que a imprensa lança a desconfiança, mostra alguns elementos que viram provas e aí... aí a Dilminha encarna o Roberto Justus e manda logo um “Tá demitido!” e não tem “eu te amo” que supere, não!
Numa analogia com aquele joguinho do “atire no pato” (aquele de parques de diversões e games mais lights), a imprensa se coloca na posição de atiradora enquanto os nobres ministros e assessores tornam-se os patinhos. Poucos foram os que levaram “tiros de raspão” porque a maioria levou bala, agonizou um pouco e perdeu o lugar na cadeira do Planalto.
Tiros acertaram em cheio os patos...ops...os ministros que, de alguma forma, representavam Ribeirão Preto em Brasília. Um porque “engordou” demais o “papo” e outro porque pegou carona no jatinho alheio... é, chego a conclusão que “pato” que voa alto demais acaba ampliando a visão do atirador.
Depois disso ainda teve escuta telefônica, invasão de apartamento de uma “persona non grata” ao governo da presidenta, desvio de verbas de ONGs e uma das últimas denúncias querem derrubar o “pesadão” da pasta do Trabalho.
Se a imprensa terá “bala” suficiente para derrubar mais ministros eu não sei, também não vou entrar no mérito se é o tal do “denuncismo” ou um valoroso serviço para a sociedade, só sei que a metralhadora está à procura de novos alvos.
Cautela patinhos, cautela! 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1 de dezembro- DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA O HIV-AIDS

- Uma única vez;
- amor, a paixão, a obsessão;
- aliança de ouro;
- juramento perante ao padre (ou qualquer outro líder espiritual);
- ser rico;
- ser pobre;
- ser homossexual;
- ser heterossexual;
- ser casado;
- ser solteiro;
- bancar o santo/a;
Nada disso protege ninguém contra o HIV-aids! NADA DISSO, entendeu? 
Na dúvida, use camisinha!
A AIDS NÃO TEM CURA.
o COCKTAIL eleva a expectativa de vida do doente, mas NÃO cura ninguém e além disso, causa efeitos colaterais insuportáveis.
Viver com AIDS é como viver com uma espada sobre a cabeça 24 horas por dia, 365 dias por ano. 


CUIDEM-SE, VALORIZEM-SE! 

1 de dezembro é o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS, MAS A PREVENÇÃO É O ANO INTEIRO, A VIDA TODA... essa doença é muito triste, tomem cuidado!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MULHER DE 30


“Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.
Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores que reveste a mulher de 30. 
Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem.
Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho da sua vagina, das suas carnes sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo - astral. Quer é ser feliz. Se o seu homem não gosta dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça. 
Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor. E tem gestos mais delicados e elegantes. 
Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com muito mais competência quando interessa repelir. Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher,se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 30 ela,já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar da sua condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam e quem mais estivesse por perto, irremediavelmente. 
Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas, que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos.
Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata.
A mulher de 30, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome. Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros; seus lábios, mais reluzentes; sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é a oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade.
Aos 20 ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave. Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho das sobrancelhas, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto.
Aos 30, quando ousa, no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens já aprendeu a atuar no contra - ataque. Quando dá o bote é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra a sua força na hora certa e de forma sutil.
Não para exibir poder, mas para resolver tudo ao seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente, goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher.” (Honoré de Balzac)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O CONSUMIDOR NO BANCO DOS RÉUS

TEXTO PUBLICADO NA REVISTA EVIDÊNCIA TOP DE OUTUBRO DE 2011



Economia aquecida, crédito facilitado, empréstimos sem burocracias. Até poderia tratar aqui da inadimplência, da compulsividade por comprar, da falta de controle financeiro, mas não leitor, vou falar é da falta de respeito com o consumidor.
Diariamente leio e escuto reclamações referentes às empresas e produtos, dentre os mais diversos possíveis, principalmente, no que diz respeito ao atendimento ao consumidor, o não cumprimento de contrato, prazos e garantias. Com toda certeza isso não é privilégio meu, afinal, pelo menos uma vez na vida, cada um de nós passou por algum inconveniente do tipo, não é mesmo?
Dias atrás, chamou atenção uma foto que circulou nas redes sociais, em que um consumidor insatisfeito colou no próprio carro (carro esse que era de uma dessas marcas “ORICHINAIS”) o número de seu telefone celular com os seguintes dizeres: “Não valeu a pena! Pergunte a minha opinião”. Um verdadeiro protesto, no mínimo inusitado, para chamar a atenção dos demais. Fico imaginando por tudo que este cidadão passou para ter essa atitude.
Infelizmente, o desrespeito ao consumidor não é peculiaridade da tal marca de automóveis lá do “oriente”. Em diversos segmentos é isso que se vê, é isso que se sente na pele. Enquanto nós, consumidores, estamos lá, indecisos e ansiosos com o que vamos comprar, o tratamento é um (só falta te pegarem no colo), entretanto, a partir do momento em que você tira o produto/mercadoria da loja e/ou contrata o serviço... ah! Caríssimos, daí é melhor rezar.
Garantias prorrogadas, garantias da loja ou o “qualquer probleminha você volta que nós resolvemos”... não caía nessa! Essas promessinhas eles (vendedores) aprenderam em algum horário eleitoral gratuito (afinal, é gratuito!). Assim, eu cheguei a uma conclusão: quem deve ir para o banco dos réus é o CONSUMIDOR!
Na maioria das vezes as coisas se tornam um imbróglio tão grande que é assim que nos sentimos, não é? Em alguns casos, as empresas têm um poder de convencimento tão grande que o consumidor sente até vontade de ajoelhar-se e pedir perdão por reclamar de um produto pelo qual está PAGANDO.
Por muitas vezes os casos tornam-se tão sérios que o consumidor já espera sair algemado da “audiência” no PROCON, afinal, onde já se viu o “culpado” reclamar do que ele mesmo comprou?
De um lado informações desencontradas, distorcidas, atendentes despreparados e acima de tudo, a famosa “cara-de-pau” de alguns em querer levar vantagem sobre o outro. Por outro lado, angústia, humilhação e nervosismo por parte daquele “culpado” que não quer nada mais, nada menos que o seu problema seja resolvido.
No entanto consumidor, apesar de ser o “culpado” por ter comprado tal produto ou assinado tal contrato, trancafiar-se em uma prisão sem nem mesmo ter sido julgado, sem nem mesmo ter recebido a sentença definitiva, não é a melhor solução.
Mesmo “culpado”, sinta-se no direito de recorrer, “com total liberdade”, atrás das garantias que lhe são devidas. Rebele-se contra os oportunistas! As empresas têm que saber o poder que tem uma “rebelião” de “culpados”.
Ficar “algemado” não vai resolver nada e se te colocaram na “cadeira dos réus”, levante-se e mude-se para a bancada da acusação, armado de todas as provas.
Detalhe: isso não é um texto de auto-ajuda. Não tenho esse “dom”.

domingo, 25 de setembro de 2011

Não fará mal - o papel dos pais na educação dos filhos

Pais, por mais que queiram dar do bom e do melhor aos seus filhos, educá-los nas melhores escolas, dar-lhes os melhores brinquedos e as mais deliciosas guloseimas... faça um favor maior a eles: DÊ LIMITE! FAÇA-O CONHECER A REALIDADE! 
Não fará nenhum mal a seu filho conhecer o que é uma creche ou escola para crianças carentes. Não fará mal ao seu filho saber o que é um barraco, entrar, conhecer, muito antes de "julgar" aqueles que moram mal, que não tem as melhores roupas, que se satisfazem e ficam felizes em ter brinquedos quebrados para se divertirem. Não fará mal ao seu filho saber que uma família só teve (e quando teve) o arroz e o feijão no almoço do domingo com um "refrigereco" quente de acompanhamento. 
Fará bem ao seu filho saber que dinheiro não nasce em árvore e que as horas que vcs ficam distantes é pra que ele tenha do bom e do melhor.
Digo isso pq sempre tive de TUDO, sempre tive o que quis, mas graças aos meus pais e à profissão que escolhi, me permitiram conhecer uma realidade muito, mas MUITO distante da minha.
Julgar os que recebem o tal do "bolsa família" baseando-se em uns e outros que usam o auxílio como "meio de vida" é muito fácil... fácil demais pra nós que temos uma cama limpa e confortável pra dormir, roupas da moda, geladeira e armários cheios e uma casa que não entra água quando chove e que não cai quando venta.
Presenciar e conhecer de perto a realidade do restante da população é NECESSIDADE, É ESSENCIAL... principalmente pra uma geração que tem tudo muito fácil e principalmente: NÃO SABE OUVIR NÃO E NÃO TEM LIMITES! Pense nisso...
Criticar, questionar e falar que a pobreza é culpa apenas do poder público é muito fácil pra nós que estamos com as nossas nádegas acomodadas em uma cadeira confortável e utilizando um computador de última geração. (Brunello MEF, 2011) 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Predestinados?

Crônica publicada na revista Evidência TOP de SETEMBRO (página 98)... já disponível no site ( www.evidenciatop.com.br ) e em breve nas melhores bancas! 


Por Maria Eugênia Firmino Brunello
Após um semestre de “intensas e relevantes” propostas (isso é uma ironia), a Câmara de vereadores de Ribeirão Preto decidiu investir no futuro. Lançado no mês de agosto, em uma das sessões ordinárias da Casa, o “Fórum Ribeirão Preto 2021 – Planejar um novo tempo” visa apontar metas para o desenvolvimento do município. A partir disso, comissões foram criadas com temas específicos, sendo que cada vereador ficou responsável por uma.
Algumas obviedades (é claro), quanto aos vereadores responsáveis por algumas comissões, principalmente no que diz respeito ao meio ambiente, segurança pública e saúde... mas, caros leitores eleitores, para não perder o costume algumas excentricidades inusitadas que nos fazem refletir sobre a predestinação das pessoas nessa vida.
Certa comissão relacionada ao trânsito e transporte coletivo terá como responsável um vereador que andou tendo uns probleminhas de repercussão nacional, principalmente, no que diz respeito à Lei Seca, o que deixou a população atordoada e um pouco “tonta” (pra não perder a chance de fazer um trocadilho! rs) com o posterior “showzinho” estrelado na delegacia. Outro membro do legislativo, com um codinome “meio amargo” e de pouco sucesso entre “os legumes” da feira, assumiu a coordenação da comissão do agronegócio e turismo. A população só espera que não saia nenhuma “abobrinha”. Devo então acreditar que pessoas com “conhecimento de causa” assumirão os debates das referidas temáticas. Aliás, nada como conhecer de perto os problemas dos quais vai tratar e discutir, não é mesmo?
E não parou por aí. Determinado vereador que elaborou um projeto para a criação do “Dia do Bebê”- gênero de primeira necessidade para o município- ficou com a comissão da juventude (de fato, esse gosta da molecada, pelo jeito, hein?). Com a temática do esporte, então, nem preciso me esforçar para que vocês adivinhem que foi, hein? Sim! Foi, foi, foi, foi, foi, ele... o vereador que é “rei”...”rei” dos jogos de camisa dos times de futebol de várzea da periferia.
Mesmo assim, ainda acho que faltou uma comissão relacionada à imprensa, assim, aquele vereador que tentou criar o “Dia do colunista social” (também primeira necessidade) poderia ser o coordenador, não acham?
É meus queridos, predestinação é coisa de Deus mesmo!
Falando em predestinação, só espero que a população de Ribeirão Preto, agora com a criação desse Fórum, esteja predestinada a ser agraciada com projetos realmente relevantes e importantes para o desenvolvimento do município.
Digo isso, porque a população está farta de vereadores “predestinados” à criação de “dia disso”, “dia daquilo”, farta da distribuição de títulos de cidadão ribeirãopretano a pessoas que pouco ou nada fizeram ou fazem pelo município – inclusive, não precisamos do Ricardo Teixeira (CBF) como cidadão desta cidade- e farta de vereadores que apenas nomeiam logradouros.
Esperamos que em 2021 estejamos predestinados a coisas bem melhores.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Observações no supermercado

Texto publicado na revista Evidência TOP de agosto... nas melhores bancas! 



Observações no supermercado

Digníssimos leitores, não é novidade alguma que gosto de observar comportamentos e isso eu faço em todos os lugares, em todos os momentos. Tenho meu lado dona-de-casa, faço as compras mensais no supermercado. Procuro sempre os dias e horários mais tranqüilos, mas nem sempre é possível conciliar o útil ao agradável e aí, no tempinho que dá pra ir, pode ser aquele período que o local “tá bombando”.
Estacionamento lotado já é um forte indício que a melhor coisa que você poderia ter feito era ter ficado em casa (se arrependimento matasse, né?). Mas, como dizia a minha avó: “já que tá no inferno, abraça o diabo!”. Consumidor, não largue a sua listinha, mas não deixe de dar uma espiadinha “nos tipos” que comparecem no supermercado... pode ser divertido!.
Tem de tudo e em alguns casos o supermercado deixa de ser supermercado, passa a ser... ah, passa a ser quase tudo, como por exemplo, um lugar perfeito para passear com a família (que lindo!). Imagina a cena: você estaciona seu carro depois de rodar um bom tempo atrás de uma vaga, desce, olha pro lado e vê saindo de um carro popular, em que cabem 5 pessoas, nada mais, nada menos que 5 adultos e 3 crianças (isso é o mínimo, hein)...por aí consumidor, ops, leitor, você percebe que lá dentro do recinto de compras vai estar um sossego só, não é mesmo?
Você então inicia suas compras... bom, inicia se achar um espaço pra passar com o carrinho, afinal, o comportamento dos motoristas de carrinho de supermercado assemelha-se aos de carros motorizados. É um tal de parar em fila dupla, obstruir passagem, colisões traseiras e dianteiras que você acaba sentindo falta dos agentes de trânsito. Sem contar que você não pode andar distraidamente pelos corredores observando calmamente a inflação, uma vez que o supermercado também virou um grande “playground”, esqueceu? A pentelhada está à solta e toda alvoroçada e os responsáveis estão satisfeitos em poder levar a família para este entretenimento.
Não posso deixar de comentar a “moda” dos freqüentadores de supermercado. Tem sempre os “descolados” que pouco se preocupam com a combinação de peças e cores, até os super chiques... hora de tirar as botas de cano longo e salto fino da sapateira de casa, minha amiga. Quer lugar melhor pra ir com elas do que pro supermercado? Pouco importa se a temperatura ambiente esteja em torno dos 30 graus, o importante mesmo é ir elegante fazer as compras, sem esquecer, inclusive, dos óculos escuros de marca “orichinais” e da maquiagem pesada (mesmo que seja apenas três da tarde).
E para terminar as observações, aproveite o divertimento até o último instante, sua análise de comportamento deve continuar na fila do caixa. Pelas compras você já percebe os estilos de vida dos consumidores. Por exemplo: carrinho lotado com produtos considerados supérfluos, não se engane leitor, ou é carrinho de casal recém-casado, ou de solteiros ou então de estudante que mora em república. Compras que contemplam fraldas, leite, iogurtes... pode esperar e olhar além, deve ter um “responsável” pedindo pra anunciar o nome de alguma criança perdida no local, ou seja... carrinho de uma família completa. E por aí vai...
Assim, caro leitor, “no stress”. Observar pode ser divertido. Vai dizer que não reconheceu nenhuma situação dessa?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

E SE NÃO FOSSE A CANA?

Texto publicado na Revista Evidência TOP de julho. 

Bom, pelo título que dei ao texto, muitos podem pensar que vou tratar do agronegócio ou então das intermináveis queimadas que acabam com nossa saúde no período de safra do “ouro verde”. Pois não, vou tratar aqui da embriaguez provocada pelas “biritinhas”, pelo “mé”, pela “marvada”...chamem como quiser, deixando claro que não entrarei em méritos de envasamentos, destilações e sabores. Sendo mais clara, qualquer bebida alcoólica, certo?

Diante dessa total apologia ao consumo de bebidas alcoólicas, em que tudo é lindo e divertido a partir do momento em que o primeiro gole desce redondo pela garganta, a minha pergunta é: quem nunca ficou, pelo menos, alegrinho com a danada, hein?
Cada um reage de uma forma à embriaguez, mas quem se diverte mesmo são os que ficam sóbrios. Divertem-se ou perdem logo a paciência, porque bêbado chato ninguém merece!
Sem entrar em especificidades do caminho que o álcool faz no corpo, o que chama mais atenção são as reações que ele provoca no comportamento humano. Tem quem saiba seu limite, mas tem também os que o ultrapassam totalmente e aí... aí entorna o caldo!
As fases da bebedeira são muitas e destacam-se algumas:
- Fase da risadinha ou da euforia alcoólica: ocorre a partir da primeira dose. É aquele momento de descontração. Os risos tornam-se sem controle. Se o bêbado pega o cardápio do bar então, nossa... acha logo que é um livro de piadas. Dependendo da “resistência” da pessoa, as risadas tornam-se tão incontroláveis que lágrimas começam a “jorrar dos olhos”. Como a vida é bela!;
- Fase da depressão: se a pessoa “souber parar”, a fase da risadinha dura cerca de meia hora, passando logo pra fase da depressão. O sono bate, o papo dos colegas da mesa não tem mais tanta graça... o bêbado se cala. É uma fase de reflexão, olhar perdido no horizonte (mesmo que esse horizonte seja o banheiro do bar). Essa fase de introspecção termina em um “galera, tô indo embora. Tenho que trabalhar amanhã!”. Aiai... não sabe beber, não brinca!;
Bom, pra quem “sabe” beber, mas geralmente ultrapassa alguns limites, posso listar aqui outras fases:
- Fase equilibrista e da visão multiplicada: é meu amigo, nesta fase o mundo vive um terremoto, só esqueceram de te avisar. As coisas entram na sua frente, caem da sua mão, você perde a comanda do bar... sua sorte é ter “amigos muletas” para apoiar você neste momento difícil, né? Nesta mesma fase a visão começa a ficar duplicada (e em alguns casos, mais graves, até triplicada!). Se para algumas coisas a visão duplicada pode ser uma boa, por exemplo, fantasticamente duplica seu dinheiro na carteira, por outro lado amigo, imagina você duplicar sua sogra ou então seu chefe? Afff, socorro, hein!;
- Fase das pérolas: geralmente é a fase mais hilária da embriaguez. Nessa fase o “bebum” vira filósofo, político, terapeuta, assistente social, etc. Censura e discernimento são algumas coisas que fogem do controle. Essa fase antecede o coma alcoólico (que trágico!). Muitas vezes as frases são desconexas, sem sentido algum... é a fase que ninguém mente e a sinceridade aflora. Querer conversar inglês com o guardador de carros é comum. É de praxe também dar conselhos para morador de rua largar a bebida (olha a ironia). Os amigos começam perder a paciência, não conseguem colocar o embriagado no carro pra levar embora.
Uma vez colocado no carro pra ir embora, o bêbado ainda se acha em condições de bancar o GPS guiando os amigos até sua casa, ajudando na manobra do carro, enfim...
Entretanto, meu amigo, a sobriedade volta acompanhada, é claro, de uma dorzinha insuportável de cabeça no dia seguinte. A amnésia pós-bebedeira é necessária, não é bom lembrar as sinceridades que você disse a quem não poderia.
A sorte é que o guardador de carros e o morador de rua não vão se lembrar de você, não é verdade?
E fica o lema da embriaguez desregrada: “se eu não lembro, eu não fiz!”. Simples assim.

domingo, 26 de junho de 2011

A CONVENIÊNCIA DAS PREMIAÇÕES


Tenho notado os excessivos eventos destinados às premiações de pessoas e
empresas que vem acontecendo em Ribeirão Preto. Em virtude disso, resolvi procurar
em um dicionário o significado da palavra “premiar”, não que não saiba, mas a língua
portuguesa tem algumas armadilhas e não gostaria de ser injusta, uma vez que diferentes
significados podem ser destinados a uma única palavra.
Assim, encontrei no dicionário Michaelis as seguintes definições para o verbo
premiar, sendo: distinguir, recompensar com um prêmio, conferir, por sorteio, prêmio.
Frente a isso, a pergunta é: se o prêmio não se dá por SORTEIO, penso eu que
CRITÉRIOS devem ser estabelecidos para recompensar pessoas ou empresas, ou não?
Bom, pelo que ando acompanhando em revistas destinadas a acontecimentos sociais e
mesmo programas televisivos a respeito de tais eventos, o conceito do PREMIAR, em
alguns casos, não se dá nem por sorteio e nem por merecimento pelo reconhecimento de
mérito ou qualidade.
Eventos “encomendados” mostram-se freqüentes em nosso meio. Parece-me,
muitas vezes, um delivery ou melhor um “disque-eventos para premiações”. Com uma
tamanha falta de critérios, esses eventos tornam-se praticamente uma distribuição
ridícula de troféus e títulos, ficando evidente a conveniência nas premiações.
As relações humanas ocorrem pela empatia e pela conveniência, não
necessariamente nesta ordem. Por que seria diferente com prêmios e títulos distribuídos
na nossa querida cidade, não é? Pois bem, desde já então, declaro aqui que esta é a
melhor crônica publicada nesta revista e pela melhor cronista da região (momento “tô
me achando” mode on). Que critérios utilizei para dar-ME tal prêmio e constituir à
minha pessoa essa enorme credibilidade? Ah, vá! Isso pouco importa! É conveniente
pra MIM ser a melhor cronista da região e essa a melhor crônica publicada pela revista.
Desde já, encomendo a alguma empresa “que não se preze” organizar o evento. Pode ser
coisa simples: coquetel, plumas, paetês (tudo muito brega, como é praxe)... E não se
esqueçam... muitas, mas muitas pessoas para me aplaudir, afinal, eu mereço. Evento
encomendado? Troféu comprado? Critérios inexistentes? Pronto. Pois, é leitores, é isso
mesmo que anda acontecendo em nossa cidade, reparem.
Enfim, penso eu que para haver premiação tem que ter critério, não adianta
querer forçar ou impor o “mérito” a alguém e muito menos, em alguns casos, a
qualidade “duvidosa” de uma empresa ou instituição à sociedade... Gente, isso é feio!
Puxa-saquismo e “rabo-preso” têm limite sabia?
Assim, é bom que a sociedade tenha discernimento sobre as tais premiações
por conveniência que viraram epidemia. Premiação leitor, só com critérios muito bem
definidos para realmente recompensar os merecedores do troféu.
Aguardo o meu troféu, afinal, pelos meus critérios, eu mereço e muito!

TEXTO PUBLICADO NA REVISTA EVIDÊNCIA DE JUNHO-ÚLTIMA PÁGINA

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DE REPENTE 30!


Outro dia parei para pensar em algumas coisas, algo do tipo, retrospectiva da vida e me espantei... como tudo passou rápido!
Nasci na fase mais frouxa da ditadura, era muito pequena quando chegou a tal da anistia. O país borbulhava pela “Diretas já”, mas só sei disso porque acompanhei nas aulas de história e noticiários, afinal, acho que nem sabia ler.
Sou da época que as casas tinham apenas uma TV, muitas vezes, preto-e-branco e, além disso, tínhamos que fazer o esforço de levantar as nádegas do sofá para trocar de canal. Aliás, naquela época eram no máximo uns 5 canais, isso quando o Bombril da antena melhorava a imagem. Para mudar o canal, nada muito parecido com o controle remoto, era uma “bolinha” que girava na própria televisão mesmo.
Sou da época que os melhores amigos eram os primos, afinal, era uma média de 3, 4 filhos por casal, depois que as famílias foram diminuindo. Minha mãe largou o emprego e resolveu ser a dona-de-casa. Nada de creche ou escolinha, pelo menos, não antes dos 4 ou 5 anos. Sou da época em que a vó era aquela senhora gordinha, com cabelos brancos, com no mínimo uns 6 filhos já criados (isso quando não eram 14, no caso da minha avó paterna), nada de botox ou academia pra manter a forma. Além disso, dava conta de umas 10 crianças de uma vez, entregando os pentelhos inteiros, limpinhos e arrumadinhos para as filhas e noras no final do dia. Fora os quitutes do lanche da tarde, porque os netos precisavam crescer fortes e gordinhos...esse negócio de obesidade infantil não era a preocupação do momento.
No final da tarde, todos quietinhos na frente da TV para ver a sequência: Magaiver, Sítio do Pica-pau amarelo e Armação Ilimitada...depois era a vez da vovó, a novela das 18h, que realmente começava às 18h, ia começar.
Sou do tempo em que tinha que assoprar a fita do tal do Atari pra ela funcionar e olha que tinha apenas 2 jogos (que eram originais e não piratas): o Pac Man e o Enduro (nossa, aquela corrida noturna era de matar). Videogame sem controle? Nem dava pra imaginar!
Na minha época, minha mãe, nem meu pai tinham celular. Telefone fixo era super caro, raras as casas que tinham pelo menos um. Os correios deviam trabalhar bem mais.
As férias eram na Praia Grande mesmo. Já que ia pra praia uma vez por ano só, porque não chamar os parentes, não é? Era tudo muito simples. Era só colocar o bagageiro em cima da Brasília amarela, o motorista, o passageiro, mais umas seis pessoas no banco traseiro e duas crianças lá atrás. Cinto de segurança? Cadeirinha pra criança? Assento de elevação? Pra que? Afinal, o código de trânsito só iria ser aprovado mesmo em 1998. Pedágio já tinha alguns. Mas eram só quase 600 Km nessa situação, né? Nada tão insuportável assim.
Sou da época que tínhamos que pedir “bença” pra todos os tios (e era muito tio, viu!), pra vó, pro vô...etc. O fato de aprontar alguma travessura ou mal-criação já era motivo de ter uma “conversa séria” com o pai depois que ele chegasse do trabalho. E eu vou te falar viu, essa “conversa séria” às vezes doía mais que uma surra de cinto.
Sou da época que os preços eram remarcados todos os dias com aquela maquininha barulhenta. Durante toda minha vida, acredito que tenha presenciado mais de seis trocas de moedas nacionais, no mínimo. Guloseimas em casa eram contadas e divididas em igualdade com os irmãos. Tínhamos que levar lanche de casa, porque o pai não tinha dinheiro todo dia pra dar pro filho gastar na cantina da escola. Andar a pé não era esporte e sim necessidade. Era um carro por família e olhe lá.
Sou da época em que o Lula era o maior subversivo do Brasil. Nunca pensei vê-lo presidente e muito menos pensei em ver o meu pai elogiá-lo...nossa, como ele xingava esse Lula!.
Comprar roupa? Pra quê se tínhamos tios e tias alguns anos mais velhos só. “Sua roupa não serve mais, passa pra sua irmã!”, pouco importa se a moda já era.
Sou da época que muitos saíram às ruas com as “caras pintadas” para pedir que o presidente “galã” fosse embora. Nessa fase já estava entrando na adolescência, mas não entendia nada, só sei que as pessoas não podiam pegar seu próprio dinheiro da poupança e eu...eu ainda era fã da Xuxa!
Depois disso parece que tudo começou a andar mais rápido. Minha mãe teve seu primeiro celular, enorme e símbolo máximo de status. Usá-lo na cintura era demais.
As pesquisas da escola ainda tinham que ser feitas nas bibliotecas e copiadas à mão para o caderno. Minha mãe não me deixava ver a novela Pantanal, dizia ela que tinha cenas muito pesadas pra minha idade.
Os primeiros computadores começaram a surgir. No meio da minha adolescência o Papi comprou um pra gente. O paint era o melhor, nossa, altas “artes modernas” foram produzidas! Acesso à internet, só mais tarde e discada. Tinha horário pra entrar, só à noite e de fim de semana, afinal, telefone era caro e além de tudo ficava ocupado.
As coisas foram mudando, fui crescendo e as responsabilidades também. Era hora de começar a me decidir na vida. Decidir a profissão, estudar...começar a namorar (haha, essa parte meu pai demorou aceitar). Enfim, depois de tanto penar em um dos vestibulares mais concorridos do país, entrei na melhor Universidade, me formei, continuei nela, casei e ainda não tenho filhos. Hoje tenho a minha casa, o meu cachorro, divido as contas da casa com meu marido e não tenho que pedir autorização para os meus pais pra sair e muito menos avisar a que horas vou chegar.
Nunca pensei que teria 5 contas de e-mail e me envolver tanto com redes sociais como faço agora. Minha vó sempre avisou que era perigoso conversar com estranhos e agora os “estranhos” “me seguem” e eu “sigo” os estranhos. E o pior, tem muito estranho que tem um papo muito mais interessante que muitos “conhecidos”. Como explicaria isso pra minha vó, aquela velhinha à frente de seu tempo (por incrível que pareça), que ficava brava de ver o Seu Madruga apanhando da Dona Florinda? Ela não entenderia.
Acredito que sou de uma época privilegiada. Pude acompanhar, mesmo que superficialmente, alguns acontecimentos importantes da história do Brasil e do mundo. Sou da época em que pai, mãe e avós tinham que ser respeitados e que a palmadinha não era crime. De repente, estou pertinho dos 30... e com um detalhe: o Sarney, de alguma forma, ainda está no poder!
Há 30 anos... 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O mês de maio: além de mês das mães e das noivas, mês dos enfermeiros! 12 de maio- DIA DO(A) ENFERMEIRO(A)

PESSOAL, REPUBLICO UM TEXTO MEU QUE ESCREVI HÁ 2 ANOS ATRÁS - PARABÉNS COLEGAS ENFERMEIROS.



Pretendo hj enaltecer minha profissão, profissão na qual caí meio que de pára- quedas e aprendi a amar, afinal, "Deus escreve certo, por linhas tortas".


12 de maio: dia do enfermeiro e das enfermeiras!!!


Apesar de não estar diretamente atuando no cuidado, procuro nunca me esquecer que o objetivo é sempre trabalhar para o bem - estar daqueles que precisam de cuidados e faço isso por meio da pesquisa. Por mais que seja difícil para alguns entenderem, enfermeira faz pesquisa sim, publica artigos em revistas internacionais e nacionais, conseguem recursos para pesquisa (mais que muitos outros profissinais por aí, quando se sabe trabalhar sério e mostrar serviço - benditos sejam CNPq e FAPESP), defende teses e dá aulas... e o melhor de tudo isso, são reconhecidas.


Gosto do cuidar, diferente do tratar, pois CUIDAR envolve muito mais sentimento! Por mais que muitos pensem que é natural, não é fácil para o profissional da enfermagem lidar com o sofrimento, com a morte... muitas vezes sofremos juntos, imaginamos a dor e tentamos minimizá-las.

CUIDAR, leitores, é colocar-se no lugar do outro (o que TODOS deveriam fazer, independente da profissão, assim o mundo seria mais ético!) e isso , muitas vezes, é muito doloroso... por quê? Porque tantas vezes não podemos e nem conseguimos mudar a história.


Sendo enfermeira, aprendi a ser um pouco mais tolerante, menos preconceituosa, afinal, os erros alheios no momento de CUIDAR não importam... está em nosso juramento, eu jurei isso!


A recompensa?

A recompensa na maioria das vezes não é material, não vem no holerit e nem por meio de contas-salário. A recompensa vem quando os sinais vitais se normalizam, quando os exames melhoram e até mesmo quando ganhamos uma banana ou maçã que o paciente guarda do seu desjejum para nos dar de presente...

A recompensa do VERDADEIRO enfermeiro está na gratidão daquele que está sob nossos cuidados...

Por mais que minha experência com a prática seja pouca, a melhor recompensa que recebi até hj foi perceber nos olhos de um paciente que não mais podia se comunicar pela fala e infelizmente com um câncer irreversível em fase terminal, um "MUITO OBRIGADA POR ESTAR COMIGO"...isso, NÃO TEM PREÇO!


Colegas enfermeiros, por mais que não sejamos finaceiramente e nem por status bem reconhecidos, apeguem-se à gratidão daquele que vc cuida e agradeça a Deus por estar podendo doar e prestar serviços aos que precisam de ajuda, pois , com certeza, se mais adiante precisarmos da mão que segura a outra no momento da injeção, da mão que traz o cobertor para amenizar o frio, da mão que auxilia na dor... lá estará ela!


Parabéns aos que escolheram essa profissão abençoada por DEUS!


Ser enfermeiro é um dom!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

OS DIFERENTES PERFIS DAS @RROB@S

Por Maria Eugênia Firmino Brunello - publicado na revista Evidência TOP de maio de 2011 - www.evidenciatop.com.br


Leitores, eu tenho uma arrobinha na rede social twitter, alguns seguidores e alguns “seguidos” (que nem são tantos assim!). Frente à expansão desse contato virtual, a possibilidade conhecer e interagir com pessoas com os mais diferentes comportamentos, ideais e pontos de vista é o que chama a atenção e, em alguns casos, é o que nos tira a paciência.
O comportamento humano me atrai e não seria diferente em uma rede de relacionamentos. Assim, separei aqui alguns perfis de usuários que me chamam a atenção:
·                Perfil Político: dentro deste perfil, vários outros subgrupos podem ser identificados, tais como:
- político em fase eleitoral: é o que se presta a dizer “bom dia” todos os dias aos seus seguidores e faz questão de ressaltar a visitinha que está fazendo ou prestes a fazer. O mínimo contato com o povo já é motivo para usar os 140 caracteres. Cabem ainda nestas características, os que querem fazer uma prévia eleitoral para lançar a própria candidatura, inclusive, comparando-se ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – “Yes, everybody can!”;
- político frustrado ou de oposição: são os usam seus caracteres escassos para “descer a lenha” no governo atual - esses não perdem a oportunidade, todos os dias têm uma crítica velha a fazer, embora, soluções, nunca apresentem. Os eleitos na oposição seguem o mesmo caminho: “isso que o governo quer fazer é absurdo”...e por aí vai;
- político da situação: ah! Pra esse o Brasil é o melhor país do mundo, a inflação é coisa do passado e pobre agora anda de avião...crise? Essa palavra é desconhecida nesse meio;
·                Perfil Melhor Amigo ou dos Carentes: é aquele que não te conhece, mas te segue, mesmo assim, depois dos primeiros 140 caracteres se considera da sua família, seu melhor amigo, e já na segunda “tuitada” solta logo um “EU TE AMO” fraternal. Own, que lindo! (ironia). Sem contar que te deseja bom dia e boa tarde por hora.  Se você se encaixa nesse perfil, é bom repensar suas atitudes...ao invés de “melhor amigo”, você pode se tornar é um chato!;
·                Perfil dos Filósofos Virtuais: esses adoram postar frases reflexivas. Fica claro que digitam lá no Google “frases de pensadores” e depois postam. Aliás, como as pessoas gostam disso, né não? Será que acham que mudarão a vida de alguém? Certa vez, alguém disse que no twitter você pode postar qualquer frase e atribuir a qualquer autor, de tão chato que isso é. De repente poderá surgir algo assim na rede daqui pra frente: “Diga-me com quem tu andas, que direi quem tu és” (Fernandinho Beira-Mar)...tenha dó, né! Seja criativo, poste algo seu, gere discussões de pontos de vista na rede, seja útil, ou então, seja inútil, mas engraçado.
·                Perfil GPS : esse com certeza é o dominante. As pessoas não tem o que postar, então, ficam dando as coordenadas de onde estão ou de onde vão. Meu bem, isso não vai mudar a vida de ninguém a não ser a sua e de um provável “meliante” que queira lhe seqüestrar. Arroba não é GPS, baby...se você realmente acha que é, por favor, vire à esquerda e não retorne nunca mais!;
·                Perfil PROCON: costumo dizer que este é realmente útil. O twitter tem se mostrado um poderoso meio de protesto em diversas instâncias, em especial, no que diz respeito a marcas, produtos e empresas que não respeitam o consumidor. Telefonia e TV a cabo são campeãs de reclamações, sem dúvida nenhuma. Fica a dica, antes de ir ao PROCON, tente o twitter!;
·                Perfil “Tô me achando”: esse também é predominante na rede. Auto-afirmação, na minha opinião, esconde uma grande infelicidade. Todos temos defeitos, não precisamos ficar nos rebaixando...mas, a exaltação do “eu”, meus queridos, cansa a timeline alheia. Pra isso você não precisa de twitter e sim de um espelho. Ok, Narciso?
·                Perfil “momento desabafo”: é um grave problema de saúde pública. Muitas vezes, a timeline alheia torna-se quase um site do CVV (Centro de Valorização da Vida) ou então a caixa de correio dessas revistinhas de auto-ajuda. Convênios e SUS, cubram as consultas com psicólogos e psiquiatras para essa população tão acometida pela baixa-estima. Salve-se quem puder. Esses perfis já vem com “tarja preta” em anexo.
·                Perfil sarcástico/ irônico: são os que eu mais gosto. São os que mais irritam os demais porque tratam com ironia e algum sarcasmo os assuntos do momento ou o comportamento dos outros. Para entender uma ironia ou sarcasmo, a pessoa que lê deve estar, no mínimo, bem informada. Os adeptos de tais características devem estar cientes que muitos levaram seus caracteres para o lado pessoal e o UNFOLLOW vai começar a rolar contra sua pessoa. Mas, ficam os bons, assim como você. Afinal, o username é seu e a senha é sua.
 Enfim, leitores, como disse um filósofo do twitter dia desses: “O twitter é a ferramenta virtual mais democrática que existe, pois, nele eu tenho o mesmo número de caracteres que o Eike Batista”. Portanto, façam uso dessa ferramenta, mas dose bem os perfis nos quais você vai se encaixar, senão...Unfollow pra vocês!
Tema do texto sugerido pelo amigo @carlosbiasoli de tanto me ver reclamar do que leio na minha timeline! Valeu.