sexta-feira, 27 de julho de 2012

Respeitável público!


Maria Eugênia Firmino Brunello 
Pois bem, leitores, estamos prestes a sentar na arquibancada e presenciar o espetáculo no picadeiro. 
A aproximação das propagandas eleitorais gratuitas já dá indícios do que teremos por aí. Estamos em uma democracia e a candidatura é permitida à maioria, desde que os candidatos cumpram algumas exigências, que não vem ao caso agora. 
A utilização de candidatos caricatos e codinomes que chamam a atenção angariam votos para o partido político ao qual o cidadão está filiado e, consequentemente, atrai os tais “votos de protesto” de eleitores insatisfeitos, afinal, para alguns, “pior que tá, num fica!”
Características marcantes da personalidade do candidato, da aparência e até mesmo do local de trabalho, tornam-se uma arma publicitária poderosa durante a propaganda eleitoral.
Verdade é que, alguns SE fazem de palhaços ainda durante a campanha e outros NOS fazem de palhaços após a candidatura, mudando, com freqüência o personagem principal no centro do picadeiro.
Em Ribeirão Preto há algumas figuras já bem conhecidas que, aliás, parecem estar em campanha durante os 4 anos que antecedem as eleições. Não admitem cair no ostracismo e sempre estão nas esquinas mais movimentadas da cidade, seja pra desejar feliz natal, seja para, apenas, aparecer. 
Com bizarrices ou não, o espetáculo vai começar e quer queira quer não, o “respeitável público” estará sentadinho em frente à caixa luminosa, aguardando a novela começar, muitas vezes, pouco se importando com os discursos dos candidatos, mas, prestando atenção nas verdadeiras piadas que alguns contam durante o período. 
Resta ao “respeitável público” não colocar o nariz vermelho na cara e aceitar passivamente o título de palhaço de picadeiro, senão, terá que assumir por pelo menos quatro anos tal papel.
Eleição é coisa séria, dinheiro público é coisa séria e saber escolher candidatos a cargos públicos para NOS representar é uma das coisas sérias disso que chamamos democracia.
Por favor, eleitores, não vamos usar da democracia o direito de “fazer qualquer besteira”! 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mais uma da "saúde" no Brasil:


Veja bem, mas uma vez venho choramingar minha indignação aqui ... eu e essa minha mania de ver todos os telejornais possíveis ao longo do dia...pois bem!

Ao me deparar com essa notícia que vi logo às 7h30 da manhã no Bom Dia Brasil, percebi que os casos que andam ocorrendo em Ribeirão Preto (2 casos de negligencia em 1 semana noticiados pela imprensa local) não são isolados. 
Meu doutorado, de certa forma, aborda essa PEREGRINAÇÃO que o usuário do setor saúde faz pelo sistema, seja ele particular ou público. O que percebo, e com muita sinceridade, vou escrever aqui pra vocês, é que as pessoas conseguem o tal ACESSO ao serviço de saúde SIM...por mais que demore algumas horas para serem atendidas, mas elas conseguem. A mulher citada na reportagem conseguiu ser atendida por pelo menos 3 serviços de saúde e teve 3 diagnósticos diferentes... e aí a minha pergunta: DE QUEM É A CULPA? 
Essa semana em Ribeirão Preto, um médico achou, que pelo fato da paciente ter convênio particular, a mesma não teria o DIREITO de ser atendida pelo SAMU (SUS)... e aí, o pior aconteceu e a paciente foi a óbito.
Agora vem o que muitos podem não concordar.
Não sou tapada o suficiente para achar que o profissional ganha mal e td bem, não sou tapada o suficiente para achar que alguns serviços estão sucateados e tem poucas condições para atendimento ao usuário, MAS, também não sou tapada o suficiente para perceber que o que está ocorrendo no setor saúde é o reflexo de MÁ atuação, da FALTA de COMPROMETIMENTO com a sociedade e com o juramento feito, da MÁ VONTADE e do DESINTERESSE de ALGUNS profissionais de SAÚDE (médicos, enfermeiros e auxiliares, etc.) pela vida e pelo SOFRIMENTO humano. 
NÓS profissionais, não precisamos ter DÓ de ninguém, mas NÃO temos o DIREITO de achar que o sofrimento e o problema do outro não é NADA!
Repito o que andei postando aqui há um tempo atrás: FALTA VO-CA-ÇÃO... tem gente na saúde que se forma pra cuidar de gente e tem NOJO de GENTE! 
Trabalhar na saúde virou negociata na mão de mercenários que se valem do sofrimento alheio pra ganhar a comida que tem na mesa. 
Coloquem-se no lugar de quem foi ao serviço de saúde pra ser atendido, se coloquem no lugar de quem , nesse momento, como os filhos dessa senhora da reportagem, hoje tem quem que chorar num TÚMULO por que ALGUÉM achou que o AVC dela era APENAS uma SINUSITE... cá entre nós, estamos CHEIOS desses casos que nitidamente se mostram pela INCOMPETÊNCIA DE PROFISSIONAIS QUE NÃO HONRAM O QUE JURARAM e não honram, principalmente, a VIDA dos OUTROS, não tem respeito pelos OUTROS! 
Francamente, chamemos para nós (profissionais) a responsabilidade de algumas coisas... culpar o poder público pela MÁ VONTADE DE ALGUNS COLEGAS, NÃO DÁ MAIS! 

Profissional de Saúde tem que GOSTAR de GENTE! Tem que ter respeito por GENTE... se não gostar e não respeitar...PROCUREM OUTRA COISA PRA FAZER! 

Nós nos formamos para lidar com VIDAS, com EXPECTATIVAS, com ESPERANÇA, com ALEGRIA, com a TRISTEZA e também com a MORTE!

Nós nos formamos para tentar aliviar SOFRIMENTOS, então, façamos a nossa parte da melhor forma possível, PELO AMOR DE DEUS! 

sábado, 14 de julho de 2012

A incógnita chamada UPA - Unidade de Pronto-atendimento


           A UPA é uma tendência, quase uma política de governo da gestão Dilma. Mais e mais UPAs serão construídas não só em Ribeirão, mas em todo o Brasil. O que ocorre é que  as próprias políticas de saúde no Brasil se confundem e confundem também gestores municipais, profissionais de saúde, etc. A população tem por HÁBITO buscar o cuidado nas unidades de Pronto-atendimento, independente se se têm convênio particular ou não, independente se é alta a expansão das Estratégias Saúde da Família e UBS ou não...isso é FATO! Queremos assistência imediata, de preferência com medicamento prescrito e exames solicitados. A busca por Unidade de Pronto-atendimento é preferência e costume NACIONAL. Não fomos EDUCADOS a buscar a UBS mais próxima da nossa residência e MUITAS vezes, nem sabemos que elas existem, não sabemos a hora que elas abrem, a hora que elas fecham e, muito menos, os serviços que elas oferecem. 
          Daí, quando vemos notícias como essa nos noticiários e jornais locais e a minha pergunta é: alguém achou que isso mudaria ou iria ser diferente? O fato da UPA ter sido aberta na Av. 13 de maio provocou o fechamento do atendimento de emergência na UBDS do Castelo Branco, ou seja, não foi aberto mais um posto de serviços médicos, ele apenas mudou de endereço e agora tem uma estrutura mais adequada... MAS, o HÁBITO do próprio usuário de buscar o CUIDADO em serviços de emergência NÃO mudou. Continuamos a querer o IMEDIATO, não procuramos e pouco nos oferecem um trabalho de PREVENÇÃO de doenças e PROMOÇÃO da saúde (o que seria uma política de saúde da Atenção Básica). Continuamos não conhecendo as UBS próximas às nossas casas e nem os serviços que elas oferecem. 
                As filas continuarão, talvez, não por má vontade de gestores, mas por políticas e processos de trabalho que são impostos e que nos confundem. 
          Sugiro aos candidatos a prefeito e vereadores que busquem alguns estudos sobre a utilização dos serviços de saúde em Ribeirão Preto (A USP TEM vários), conversem com os pesquisadores e tentem entender o por quê isso CONTINUA ocorrendo... propostas baseadas em evidências podem ajudar na construção de um bom plano de governo. Fica a dica! 


http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2012/07/13/com-upa-postinhos-seguem-com-filas.html

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fracassados.

TEXTO DE INARA LACATIVA BAGATINI, EM 06 DE JULHO DE 2012



Momento: "A crítica é o único argumento do fracassado." Da série: "Rejeitado até pelo império falido". Do capítulo: "Sou rico, sou superior, sou bem sucedido.. Inferiores, vira-latas, me deem uma esmolinha e um segundo de atenção! Papai, socorro!"


É impressionante e cansativo ver como fracassados se agarram ao péssimo hábito de só criticar e fazem disso um meio de vida.
No passado foram crianças mimadas que até tiveram pais fortes mas não herdaram a garra e muito menos a capacidade deles. 
Mesmo herdando dinheiro ou qualquer patrimônio, não conseguem nem concluir uma faculdade (mesmo tendo oportunidade) nem administrar os poucos bens que um dia vão herdar. São perdidos. Falta inteligência e capacidade para tudo, menos para criticar. É o que lhes resta. 
Gostam de chamar atenção pelo vocabulário peculiar e chulo. Afinal, sobra tempo para aprenderem palavras difíceis e usá-las atacando os outros, já que o fracasso lhes dá tempo e inveja de sobra para repararem no sucesso alheio. Mas devido a falta de inteligência e capacidade, eles ficam repetitivos. Além disso, criam uma imagem de superiores tentando o tempo todo inferiorizar os outros na expectativa frustrante de confortarem seus fracassos.
Passam o resto da vida recebendo "mesada" do papai e ajuda de custo das esposas. Geralmente se distanciam da família, dos amigos e de todos que lhes conhecem. Desta forma, contam vantagens, criam sucessos que não existem, tietam famosos para conseguirem uma foto e depois mostrarem uma influência que nunca existiu. Afinal, fracassados adoram um famosos. Assim, eles conseguem por um momento chegar perto do sucesso...dos outros, claro. São do tipo que até mudam para cidades onde existem muitos famosos. Querem respirar o mesmo ar deles e dizerem que são iguais. Mas não são. E isso causa um complexo terrível que acaba custando toda a "mesada" do papai e ajuda de custos das esposas pois eles procuram manter um padrão de vida e de sucesso que não tem. Assim, volta e meia eles precisam de um trocadinho. Procuram seus antigos contratantes pedindo um "espacinho" para disseminarem suas palavras chulas, mas ouvem um sonoro NÃO. Claro, quem conhece um fracassado não o aceita de volta. E eles ainda se ofendem com isso como se fossem bons demais para serem descartados mesmo que seja por um "império falido". Depois, começam a atirar para todos lados na tentativa desesperada de acertarem alguém que lhes dê uma esmolinha. Conseguem um dinheirinho (não muito porque ninguém paga caro por mão-de-obra fracassada) e ainda aparecem um pouquinho. 
É o auge de suas vidas. O topo. O máximo que conseguem alcançar. 
Mas é temporário. E logo os fracassados acabam retomando suas vidinhas de ilusão, de tietagem de famosos, de contratinhos baratos, de ajuda de custo das esposas, de "mesadas" do papai... resignados à eterna busca frustrante pelo sucesso. Afinal, é só isso o que eles tem pra hoje e só o que resta de ontem todos os dias do ano. 

Vidinhas falidas as dos fracassados. Sem perspectiva de futuro, sem passado de orgulho, sem amigos, sem nenhum império (nem falido, nem bem sucedido) para lhes darem alguma "vibração", sem ninguém para se orgulhar deles... 
Todo mundo olha para um fracassado e tem aquele sentimento de vergonha alheia. Vergonha e pena...é só o que dá para sentir por eles.

Precisam mesmo de muito lenço para chorarem seus fracassos.