terça-feira, 22 de maio de 2012

É pouco Rio para muita Cachoeira


(Texto publicado na revista Evidência TOP de maio de 2012 - acesse: www.evidenciatop.com.br)
Por Maria Eugênia Firmino Brunello

 Muito se fala de Eike Batista, Lula e de Dilma como os mais influentes no Brasil, mas o que o povo brasileiro tem visto nos últimos meses é outro nome figurando entre os mais-mais TOP. Carlinhos Cachoeira é o nome da vez.
Mais uma vez “na história deste país”, o “grampo telefônico” desestabilizou o cenário político brasileiro. Autorizadas ou não, as escutas telefônicas denunciaram que por trás de alguns engravatados de Brasília (e quisá de outras localidades também), há muitos “grilos”... ou melhor, “bichos” de quase toda espécie.
Deputado-ator, senadores, jornalistas moralistas esportivos (aquele aqui da região), governadores... todos sofrendo com os respingos da “Cachoeira”.
Acabou a calmaria, o rio está turbulento, quedas e mais quedas d’água, rio impróprio para navegação. Assim como numa “cheia” de grande monta, o rio passa e arrasta com ele tudo que está pela frente, só não arrasta a ética e a vergonha na cara porque essas já afundaram e estão enroscadas bem lá no fundo, acobertadas pela água barrenta.
Essa confusão toda envolvendo a “queda d’água”, antes tão bela e formosa, acabou trazendo à tona o lamaçal, que vira e mexe, mostra qual está  a verdadeira cara da política brasileira, em que muitos trabalham (se é que assim posso dizer) para poucos... poucos empreiteiros, poucas construtoras, muitas licitações valendo milhões. Tudo isso escondido atrás de uma “fauna” completa envolvida em jogos de azar. Tudo isso também em um país em que significativa parcela da população vive do lixo, tanto para comer quanto para sobreviver, sem escola, sem moradia e sem cultura.
Enquanto isso, nos conformamos com engravatados que “trabalham” em prol de determinadas Cachoeiras que pagam a queima de fogos da formatura das esposas desses engravatados.
Realmente, é pouco rio para muita Cachoeira.
Se me dão licença, leitores, com esse “mico” todo que Nós estamos pagando, vou ali fazer uma “fezinha”, aproveitarei para jogar no macaco! 

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