sábado, 16 de abril de 2011

A FÊMEA MODERNA

Publicado na revista Evidência Top de março de 2013 

Por Maria Eugenia Firmino Brunello 


Leitor, meu objetivo não é ficar recomendando atitudes adequadas em diferentes situações, mesmo porque não sou expert em comportamento e etiqueta, muito menos animalizar a mulher com o título que dei ao texto. O meu problema é que sou uma observadora nata e o comportamento humano me atrai demais.
Tenho observado o comportamento feminino, talvez, pelo fato de conviver quase que o dia todo em um universo preenchido por elas, “as rainhas do lar”, as mães, as namoradas, as enfermeiras, as amigas...enfim, ELAS!
A você, macho que lê este texto, só faço uma recomendação: não menospreze a fêmea com quem convive, independente da relação que mantém com ela, certo? Você tem observado o comportamento feminino? Aprova ou desaprova? Assusta ou é natural? Pois bem, enquanto vocês pensam, vamos a algumas observações:
- caro amigo: sim, mulher fala palavrão! Apesar de também achar uma falta de classe. Muito além das palavras melosas, eles (os palavrões) também saem da boca de uma mulher e em diferentes situações, viu. Feliz, triste, ansiosa, magoada, com raiva...prepare-se para ouvir as tais palavras, desde mais amenas (se é que posso dizer isso!), até os mais escabrosos;
- cara amiga: você que conquistou sua independência e seus direitos depois que o sutiã pegou fogo, parabéns! Mas, só um detalhe: conquistar os mesmos direitos dos homens, não significa que temos que adquirir os tais defeitos que odiamos neles. Deixe a galinhagem para o exemplar masculino, não banque a santa, mas pelo amor de Deus, mantenha a compostura e cuide da sua reputação. Não adianta negar: na hora de escolher uma para viver o resto da vida a “piriguete” não tem vez. Uma dica: às vezes, é bom colocar pra fora a freira que tem dentro de você! Depois você solta a franga, baby!
- caro amigo: a compreensão de política por parte da mulher vai muito além da “política econômica” que ela vê no supermercado. A fêmea moderna entende de tudo um pouco. Ainda por cima nos damos a liberdade de chamar a presidenta de “Dilminha” e, além disso, também nos achamos no direito de achar que ela deve explorar um pouco mais o decote e ousar nas cores. Viu como extrapolamos a visão puramente política do contexto? Temos uma visão ampliada das coisas.
- caro amigo: meu bem, mulher pode sim entender de futebol, porque não? Para as “futeboleiras” (o que é muito diferente de Maria-chuteira), a partida é muito mais do que 11 de cada lado correndo atrás de uma bola. Para a fêmea moderna futebol é paixão e o tal 3-4-3 é muito mais que uma sequência de números. Nós sabemos sim que essa sequência indica se o técnico é “retranqueiro” ou mais ousado em campo. E sabemos mais ainda! Eu, por exemplo, sei que meu time é o melhor brasileiro ranqueado na lista da FIFA, que o goleiro do meu time é artilheiro dentre a categoria (mais de 100!) e mais...que na final do Paulista de 2005, um zagueiro uruguaio chamado Diego Lugano ficou só de cueca Box preta em campo...(suspiros). Bom, é...onde estávamos mesmo?
Definitivamente os tempos são outros meus queridos. Somos livres, leves, soltas e independentes...quem sabe até, um pouco conservadoras. Vamos conquistando cada vez mais espaços, nos informando e nos interessando por mais e mais coisas, muito além da moda, etiqueta e culinária. E, se precisarmos queimar mais sutiãs...dessa vez, será de bojo!

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